A Geração 2000 contra o caos total (parte 6)

- Como vocês do grupo éramos 3 situam o Posição 2004 em termos de teoria da arte contemporânea?
- Outra vez: aqui é o Marcelo falando, e não posso fingir que represento a opinião do grupo! Eles podem pensar diferente! Eu penso que foi uma ação coletiva iniciada por nós, que saiu muito do controle, mas foi protegida pelos deuses ou algo assim! Algumas pessoas estavam bastante fora do normal em vários momentos, e temos sorte de ninguém ter se machucado!
- Pode ser mais específico?
- Não sobre os estados alterados! Sem nomes, por favor!
- Sobre a ação coletiva, então! Não é uma conversa velha e morta dos anos 60 ou 70?
- Claro! Não estamos em 1965! Mas temos que lidar com os fantasmas de Warhol, Beuys, Oiticica e outros! E as sombras de Bridget Riley, Gunther von Hagens, Romero Britto, Chris Burden, e Jeff Koons! Eu acho que fizemos um trabalho muito bom ao aproveitar a oportunidade, e usamos o espaço da EAV pra criar um efeito muito bom! É claro: o que vai sobreviver, exceto por alguns trabalhos individuais, vai ser a memória do evento em si! Pra quem tava aberto pra ele, eu tenho certeza que foi uma lufada de ar fresco! Uma dança de corações e mentes!
- Quais trabalhos individuais?
-Bom, os meus favoritos foram a instalação de luz fluorescente do Gustavo Prado, no subsolo, e um desenho com um humor muito doido chamado "Funk C", ou algo assim, da Silvia D, sabe qual é? Aquele com o viet cong masoquista! Isso é que é chutzpah!